Como proteger (mesmo) seus equipamentos
Você investiu em um novo televisor e aproveitou para fazer um upgrade no seu sistema de home theater. Só esqueceu de um detalhe importantíssimo: dar a proteção adequada para esses equipamentos.
Enquanto nos EUA o consumidor está acostumado a investir na proteção da rede elétrica, no Brasil a realidade ainda é diferente.
Os especialistas apontam que o custo de proteção deveria variar entre 5% e 12% do investimento feito no home theater. Assim, um sistema de R$ 10 mil, exigiria um investimento de R$ 500 a R$ 1.200 em proteção elétrica. Obviamente, quanto maior for o investimento no seu sistema maior será o nível de exigência na proteção dele.
Para aqueles que pensam que o maior prejuízo que esse tipo de variação pode causar se restringe a queima dos equipamentos, é bom ressaltar que variações de tensão mais leves vão minando os circuitos internos dos produtos eletrônicos, diminuindo sensivelmente a vida útil deles.
É um erro acreditar que o prejuízo é sempre imediato, muitas vezes a redução no tempo de utilização dos itens eletrônicos acontece diariamente, com problemas na rede que nem notamos.
Claro que todo equipamento eletrônico tem uma tolerância a esses pequenos surtos, mas quanto menos ele estiver exposto, maior a garantia de sua durabilidade.
DE ONDE VEM O PERIGO?
Todos sabemos que a energia que recebemos é gerada por usinas, em sua grande maioria hidrelétricas, sendo complementadas por nucleares, térmicas e outras usinas menos expressivas como as eólicas e as de biomassa. Hoje, o Brasil conta aproximadamente com 90 mil quilômetros de linhas de transmissão, por esse motivo não é de estranhar que a energia que chega em nossas casas esteja repleta de impurezas. Isso ocorre porque ao ser distribuída para as residências, fábricas e comércio, a elevada demanda de carga e a forma que ela é consumida acaba por gerar harmônicos múltiplos da frequência fundamental (60Hz no Brasil), que causam uma deformação na onda original e acabam por comprometer o desempenho dos equipamentos. Ao recebermos essa energia “impura”, sem um equipamento adequado (o ideal é o uso de um condicionador de energia) é que percebemos ruídos, chiados e até mesmo interferências na imagem exibida em nossos televisores.
Embora na maioria dos casos o problema venha de fora para dentro, alguns equipamentos que temos em nossa própria residência podem contribuir com esse tipo de situação, devido a má construção da rede interna de energia das residências. É a velha história de ligar um aparelho na cozinha e ele interferir no som da TV que está na sala. Há ainda o caso de residências próximas a estações de rádio, TV ou torres de celulares, que também são responsáveis por alterações na rede elétrica e causam interferências eletromagnéticas e de radiofrequência. Nesse caso, o uso do condicionador de energia é a solução.
AS OPÇÕES PARA CADA FINALIDADE
O mercado disponibiliza uma boa variedade de produtos para proteger os equipamentos de surtos e sobrecargas ou filtrar as impurezas da rede elétrica. No entanto, esses acessórios estão distribuídos em categorias, cada uma específica para desempenhar um tipo de função. Conhece-las e entender o seu funcionamento é ideal para não errar na hora da escolha.
Filtros de linha
A mais simples das soluções, se popularizou no segmento de informática. No entanto, vale ressaltar que estamos falando de filtros específicos para equipamentos de áudio e vídeo, com um varistor capaz de oferecer proteção contra pequenos surtos de energia, direcionando essa anomalia da rede para o aterramento (ou queimando o fusível dele sem perda para o equipamento). Observe a capacidade de tomadas que o filtro possui e a potência admissível do equipamento. Normalmente, potência de 1.000W (1KVA) são suficientes para receber os itens de um sistema básico de home theater. Mas fica um alerta: Não adianta proteger todos os equipamentos e deixar o cabo do telefone e a antena RF de fora. Esse é o principal erro de muitos sistemas e onde ocorre o “furo” da bolha de proteção. Por esse motivo, os modelos apropriados para áudio e vídeo trazem, além das tomadas de energia, entradas para esses outros conectores, por onde também podem chegar descargas elétricas (atmosféricas).
Transformador de voltagem
Não é um dispositivo de proteção e por isso não deve ser utilizado com essa finalidade. Ele existe basicamente para reduzir/aumentar a tensão da rede de 220V/110V e por isso deve ser usado com algum outro acessório que filtre as impurezas.
Módulo de isolamento
Isola o sistema eletronicamente da rede. Para fazer esse isolamento ele não tem um referencial de neutro, assim cria-se um terra de referência que balanceia as duas fases e cancela os ruídos comuns, também chamados de brancos ou de baixa frequência. Pode ser uma boa opção para aumentar a proteção dos equipamentos em residências sem aterramento.
Essa solução também pode auxiliar na eliminação de ruídos em locais com tensão de 220V bifásico (110+110V).
Estabilizadores de voltagem
Esses aparelhos identificam flutuações lentas de tensão. Atuam pegando uma faixa grande de variação e diminuem para entregar uma flutuação estreita, próxima da ideal, na sua saída. Eles não veem surtos rápidos de tensão, papel que cabe aos condicionadores, mas seguem a norma da ABNT atuando em ciclos de 16 milissegundos (o que para energia elétrica é muito tempo), característica que permite a esses equipamentos corrigirem variações constantes de tensão, reduzindo ou elevando esses números para valores ideais.
Condicionadores de energia
Este é o produto feito sob medida para sistemas de home theater. Para limpar as interferências eletromagnéticas e de radiofrequência é colocado um circuito eletrônico na última etapa do condicionador. Esse circuito não tem robustez para absorver os surtos, no entanto é eficiente para capturar o residual que passa pelo primeiro estágio de proteção, que é efetivamente quem pega o grosso das variações bruscas de tensão. Por isso são chamados de circuitos seguidores de senoide, pois atuam como se estivessem desenhando a curvatura da “senoide perfeita”, atuando numa faixa estreita e absorvendo os ruídos da rede. Os mais sofisticados oferecem recursos de automação, o que garante um consumo de energia mais eficiente, já que o consumidor pode solicitar a energização apenas dos itens que estão sendo usados naquele momento. E alguns, ainda têm tomadas antirruído, elas filtram as interferências eletromagnética dos equipamentos como DVD.
Por tudo isso é que, em primeiro lugar, o consumidor deve procurar um condicionador de energia para o seu sistema. O estabilizador, por exemplo, seria indicado para casos extremos de variação de tensão, acima de 15%. Ainda assim, a maioria dos equipamentos hoje funciona com fontes chaveadas e possuem bi voltagem automática, adaptando-se automaticamente a pequenas variações de tensão. Uma exceção é o receiver, que não tem fonte chaveada e em geral funciona em 110V. Nesse caso, se ocorrer muita variação de tensão, é fundamental utilizar um estabilizador de energia.
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A ecologia (responsabilidade ambiental) está em alta e todos estão buscando soluções viáveis para economizar energia cuidando do meio ambiente.
Tenho preocupação com o meio ambiente e a natureza, razão de minha busca de melhor aplicação de serviços e tecnologia.
Atenciosamente, Wellington Christian